Hoje, no Centro Cultural de São Paulo, vivi um daqueles momentos que a gente guarda no coração. A comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos reuniu tantas histórias, lutas e vozes que, por alguns instantes, parecia que todo o nosso esforço coletivo ganhava forma diante dos meus olhos. Ver instituições tão diversas sendo certificadas, representantes dos povos indígenas originários, da cultura afro-brasileira, da população LGBTI+, das pessoas com deficiência, de quem enfrenta a fome ou vive nas ruas, mexeu profundamente comigo. Foi emocionante ouvir a secretária Regina Santana, falar sobre o trabalho dela e sobre como nenhuma política pública existe sem o empenho real de quem está na ponta, segurando a vida do outro com cuidado e compromisso. Saí tocada pela força de cada causa e pela certeza de que ainda há muito a fazer.
Estar ali representando a Casa da Amizade me encheu de orgulho e de um sentimento bonito de pertencimento. Ver nossa instituição reconhecida entre tantas que caminham pela dignidade humana me fez lembrar de cada criança, cada jovem, cada história que atravessa o nosso trabalho todos os dias. Senti que levava comigo não só o nome da Casa, mas os sonhos dos nossos alunos, a esperança das famílias e o esforço silencioso de cada educador que acredita que direito também se garante com afeto. Voltei para casa com o coração aquecido e a convicção de que fazemos parte de algo maior, que vai muito além de nós: uma rede que transforma, acolhe e reafirma que todos merecem oportunidades e respeito. E isso, para mim, é o verdadeiro sentido de lutar pelos direitos humanos. (F.H)